quarta-feira, 25 de junho de 2025

Tecnologia Antiga: O Saber Perdido dos Povos Ancestrais

 


Você já se perguntou se somos, de fato, a civilização mais avançada que já pisou nesta Terra? Ou será que, antes de nós, outros povos caminharam sob o mesmo céu, dominando tecnologias e conhecimentos que hoje nos soariam como pura magia?

A história oficial conta uma versão linear da nossa evolução. Mas os vestígios espalhados pelo mundo sussurram algo diferente… Histórias de civilizações que desapareceram, estruturas inexplicáveis, lendas de máquinas voadoras, e o eterno mistério: por que tudo isso ficou oculto por tanto tempo?

Hoje, abrimos o véu do esquecimento e convidamos você a mergulhar nessas perguntas.

Tecnologia é só aquilo que conhecemos?

Muitos associam tecnologia apenas à eletricidade, telas, robôs e inteligência artificial. Mas tecnologia, em sua essência, é o uso do conhecimento para transformar a realidade. E, sob essa ótica, nossos ancestrais talvez dominassem formas de tecnologia que escapam à nossa compreensão atual — baseadas não só em matéria, mas em energia, som, consciência e conexão espiritual.

Vestígios de Tecnologias Perdidas

Pirâmides e Monumentos do Antigo Egito
Até hoje, não se sabe ao certo como as pirâmides foram erguidas com tamanha precisão. Alguns estudiosos sugerem o uso de técnicas sonoras, campos energéticos ou conhecimentos vibracionais perdidos no tempo.

Atlântida e Lemúria: Mitos ou Memórias?
Segundo Platão e outras tradições, Atlântida seria uma civilização avançada, destruída por sua arrogância e desequilíbrio. Na linha dos povos antigos, os lemurianos e atlantes possuíam tecnologias baseadas na harmonia com a natureza e na expansão da consciência.

Tiwanaku, Sacsayhuaman e os Mistérios Andinos
No Peru e na Bolívia, encontram-se blocos de pedras gigantescas encaixadas com uma precisão que desafia a lógica das ferramentas rudimentares conhecidas. Cortes perfeitos, encaixes que resistem a terremotos e um conhecimento que parece ter se perdido.

Vimanas e os Textos Sagrados da Índia
Os Vedas e o Mahabharata falam de Vimanas — veículos voadores usados por deuses e heróis. Teriam eles dominado algum tipo de tecnologia aérea, energética ou até interdimensional, esquecida por milênios?

Por que Só Agora Estamos Redescobrindo?

Os povos antigos falavam de ciclos de ascensão e queda. Como se a humanidade caminhasse por espirais de consciência: épocas de sabedoria se alternam com tempos de esquecimento.

Muitos sentem que agora estamos em um desses pontos de transição. Tecnologias espirituais, conhecimentos ancestrais e até as descobertas científicas modernas se unem para revelar, aos poucos, aquilo que sempre esteve aqui, mas ficou velado — aguardando o momento em que estaríamos prontos para lembrar.

Talvez a verdadeira tecnologia sempre tenha sido o equilíbrio entre saber material e sabedoria interior.


🌿✨ E você? Acredita que civilizações antigas já dominaram tecnologias além da nossa compreensão? Sente que estamos prontos para recordar esse legado? Deixe seu sentir nos comentários e vamos explorar esses mistérios juntos. ✨🌍

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Yule no Hemisfério Sul

 No coração do inverno, quando o frio toca a pele e a alma deseja abrigo, o tempo sagrado de Yule nos convida ao recolhimento e à escuta interior. Aqui no Hemisfério Sul, celebramos o Solstício de Inverno em 21 de julho, o ponto mais escuro do ano, e também o primeiro sopro de luz renascente.

Yule é mais do que um marco solar; é um portal espiritual. Um ventre cósmico onde a luz, mesmo invisível, começa a pulsar novamente. Nesse silêncio sagrado, honramos a escuridão como parte essencial do ciclo da vida. A escuridão que nutre, que guarda os segredos, que nos chama para dentro.

Nessa época, sinto em meu próprio corpo esse chamado: de descansar, aquecer meu altar com velas e chás, ouvir músicas suaves, desenhar em silêncio, e agradecer à escuridão por me ensinar a ver sem os olhos. É como se a alma soubesse que algo muito profundo está sendo gerado — mesmo que ainda não possa ser nomeado.

🌲 Elementos Sagrados de Yule

Para mim, Yule tem o aroma de canela, o brilho das velas acesas no fim da tarde, os ramos de alecrim e pinheiro seco no altar. É um tempo de renascimento espiritual, não apressado — mas gestado com presença. Por isso, compartilho abaixo um ritual simples, que costumo fazer nesse dia:


🔥 Ritual de Yule: Acendendo a Chama Interna

Você vai precisar:

  • 1 vela (branca, dourada ou vermelha)

  • 1 papel e caneta

  • Um cristal (quartzo branco, âmbar ou granada)

  • Um incenso suave (como olíbano ou mirra)

Passo a passo:

  1. Prepare o espaço. Acenda o incenso, coloque o cristal e a vela no centro. Respire fundo algumas vezes, conectando-se com seu interior.

  2. Escreva no papel o que você deseja transmutar nesse inverno. Quais sombras você está pronta(o) para acolher e deixar partir?

  3. Acenda a vela com intenção, dizendo em voz baixa ou mentalmente:
    "Neste Yule, renasce em mim a luz. Que ela ilumine os caminhos escuros, trazendo sabedoria, cura e verdade."

  4. Queime o papel com cuidado na chama da vela (se for seguro), visualizando a transmutação. Sinta o calor da luz chegando de dentro para fora.

  5. Medite em silêncio por alguns minutos, com as mãos sobre o coração. Imagine uma pequena chama dourada se acendendo dentro de você. Essa é a sua centelha eterna.

  6. Ao final, agradeça. Deixe a vela queimar até o fim (se possível), ou apague com reverência.


🌕 Que o Yule te traga a clareza suave das primeiras luzes da alvorada. Que você possa renascer em si mesma, com mais sabedoria, presença e compaixão.

Com amor e raízes,
Alexia Selene Smith

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Sabedoria Ancestral: Um Mergulho na Cultura Celta

 

A cultura celta é como um sussurro antigo da Terra, que ecoa através das florestas, pedras, rios e mitos que ainda vivem no coração daqueles que buscam conexão com o sagrado natural. Os celtas foram um povo de espírito livre, profundamente ligados à natureza, aos ciclos da vida e à magia que habita tudo o que respira.

Presentes em diversas regiões da Europa, especialmente nas atuais Irlanda, Escócia, País de Gales, Bretanha (França) e Galícia (Espanha), os celtas floresceram muito antes do Império Romano e deixaram um legado espiritual que ressoa até os dias de hoje entre druidas, bruxas, artistas e buscadores do caminho da alma.


🍃 Uma Visão Cíclica do Tempo

Para os celtas, o tempo não era linear — ele dançava em círculos. Tudo se movia em espiral, como o crescimento de uma árvore ou a ondulação das águas. Essa percepção deu origem à Roda do Ano, um calendário espiritual baseado nos ciclos da natureza, com oito festivais sagrados (os sabás), como Samhain, Beltane e Litha.

Esses festivais marcavam transições importantes: mudanças de estação, colheitas, semeaduras, e os portais místicos onde o véu entre os mundos se tornava mais fino, permitindo a comunicação com os ancestrais e os espíritos da natureza.


Espiritualidade Viva e Elemental

A espiritualidade celta era profundamente animista — ou seja, os celtas reconheciam a alma em tudo: nas árvores, nas pedras, nos rios, no vento. Cada elemento era uma força viva. Não havia separação entre o mundo físico e o espiritual, entre o humano e o divino.

Eles cultuavam deuses e deusas que representavam aspectos da natureza, como Brigid, deusa da inspiração, da cura e da forja, e Cernunnos, o senhor da floresta e dos animais. Os druidas, sacerdotes e sábios do povo celta, atuavam como pontes entre os mundos, guardiões do saber antigo, da justiça, das artes e das ervas curativas.


🌕 Magia, Arte e Simbolismo

A arte celta é marcada por espirais, triskles, entrelaçados e símbolos que representam a eternidade, o mistério e a interconexão de tudo. Cada traço carrega intenção, cada nó revela um ensinamento.

Essa linguagem visual também se manifesta em práticas espirituais, como a criação de amuletos, nós mágicos, poesias oraculares e ritos com os elementos. A música, a poesia e a oralidade eram sagradas — aquilo que é falado com o coração se tornava um feitiço, uma bênção ou uma memória eterna.


🌲 A Natureza como Templo

Para os celtas, não havia necessidade de templos de pedra — as florestas, colinas e fontes eram seus locais sagrados. A Árvore do Mundo, o carvalho, era um símbolo de força, sabedoria e conexão entre os mundos. Os bosques sagrados eram locais de cura e cerimônias, onde se invocava a presença dos espíritos e dos deuses.

A ligação com a terra era visceral. Cada estação, cada planta, cada ciclo lunar tinha seu significado. Era um povo que celebrava os ritmos da vida com dança, fogueira, mel, pão e oferendas colhidas com reverência.


🌀 Legado Vivo

Hoje, muitos dos ensinamentos celtas são resgatados em práticas como a bruxaria natural, o druidismo contemporâneo, o xamanismo europeu e os estudos da roda do ano. A energia celta pulsa nas mãos que colhem ervas, nas vozes que entoam cânticos à Lua, nas pessoas que buscam viver com mais consciência dos ciclos e da alma da Terra.

Conectar-se com a cultura celta é lembrar que somos parte da natureza — não separados dela. É retornar ao tempo em que os sussurros do vento e os brilhos da água eram compreendidos como mensagens dos deuses.


"Que os ventos do Oeste tragam os sussurros dos antigos até o teu coração.
E que as raízes da Terra despertem em ti a lembrança do sagrado que nunca se perdeu."

A Tradição de Samhain: A Corda da Bruxa, Seu Propósito e Como Realizar o Ritual

Samhain é um dos sabás mais profundos e espirituais da Roda do Ano, marcado por seu vínculo com a escuridão e a conexão com os ancestrais. Este sabá ocorre entre 31 de outubro e 1º de novembro, quando o véu entre os mundos se torna mais fino, permitindo que a energia dos espíritos se manifeste com mais clareza. É uma época de introspecção, renovação e, principalmente, de liberação do que não nos serve mais. A prática da Corda da Bruxa é um ritual tradicional de Samhain, utilizado para promover essa liberação e auxiliar na proteção espiritual, bem como no fortalecimento do vínculo com os ancestrais.

O Que é a Corda da Bruxa?
A Corda da Bruxa é um ritual simbólico de Samhain, em que a corda (geralmente feita de fibras naturais como algodão, linho ou lã) representa a ligação entre os mundos material e espiritual, entre o visível e o invisível. A corda simboliza a vida e a morte, os ciclos de transformação e as energias que precisam ser cortadas ou amarradas para seguir em frente.

O ritual envolve a criação de uma corda que, com a energia concentrada, serve para amarrar, liberar, proteger ou até mesmo trazer de volta energias perdidas. Esse processo é profundamente simbólico, pois envolve o fechamento de ciclos, a limpeza de energia negativa e a conexão com o passado, principalmente com os ancestrais e as energias espirituais que nos guiam.

Para Que Serve a Corda da Bruxa?
A Corda da Bruxa tem diversos propósitos, dependendo da intenção do ritual. Os principais usos são:

  1. Liberação de Energias Antigas: O ritual pode ser usado para cortar laços com o passado, libertando-se de padrões antigos, medos ou traumas que não servem mais. Ao amarrar a corda, você visualiza a energia negativa sendo presa e, ao soltar, o ciclo de liberação começa.

  2. Proteção Espiritual: A corda pode ser carregada com a intenção de proteger o praticante de energias externas negativas. A proteção se manifesta ao envolver a corda com ervas de purificação, como arruda ou alecrim, e ao amarrar a corda enquanto se chama pela proteção dos ancestrais e das forças espirituais.

  3. Conexão com os Ancestrais: A Corda da Bruxa pode ser uma maneira poderosa de estabelecer uma ligação com os ancestrais. Durante o ritual, você pode usar a corda para representar o elo entre você e os que vieram antes de você, pedindo por sabedoria e guia.

  4. Manifestação de Intenções: A corda também pode ser usada para amarrar ou segurar a energia de desejos ou intenções, ajudando a manifestá-las ao longo do ano. Ao amarrar a corda com um propósito específico em mente, você está "atando" essa intenção ao seu destino.

Como Fazer o Ritual da Corda da Bruxa?

  1. Escolha a Corda: Escolha uma corda natural, que represente a energia da Terra. O comprimento deve ser suficiente para você trabalhar com ela, podendo ser uma pequena corda de 30 cm a 1 metro, dependendo do seu propósito.

  2. Preparação do Espaço: Crie um ambiente tranquilo e protegido para o ritual. Acenda velas de cores escuras (como preta, roxa ou laranja) para representar a energia da transição e da proteção. Você pode também usar um caldeirão, simbolizando a transformação, e incensos de purificação como sálvia ou frankincense.

  3. Consagração da Corda: Segure a corda entre as mãos e consagre-a com suas intenções. Peça à energia de Samhain para abençoá-la e prepará-la para seu propósito. Se estiver utilizando ervas para proteção ou purificação, passe a corda por elas enquanto visualiza a energia delas se incorporando.

  4. Ligação com os Ancestrais: Durante o ritual, peça aos seus ancestrais que se aproximem e lhe ofereçam sabedoria ou proteção. Você pode chamar seus nomes, ou invocar uma presença ancestral específica que deseja honrar.

  5. Amarrando a Corda: Visualize o que deseja liberar, proteger ou fortalecer e comece a amarrar a corda, fazendo nós enquanto invoca suas intenções. Cada nó representará um pedido ou uma liberação. À medida que os nós se formam, feche os olhos e se concentre no que deseja manifestar.

  6. Liberação e Desfazimento da Corda: Caso o propósito do ritual seja a liberação de energias, quando terminar de amarrar a corda, visualize todas as energias indesejadas sendo capturadas. Após isso, solte a corda, deixando-a desatar, simbolizando a liberação. Se a intenção for proteção ou manifestação, deixe a corda intacta e use-a como um amuleto ou algo que possa ser guardado em um altar.

  7. Fechamento do Ritual: Agradeça aos ancestrais e às forças espirituais que estiveram presentes. Feche o círculo de energia criado, apagando as velas com reverência e guardando a corda em um local seguro, onde ela poderá continuar a cumprir seu propósito.

A Corda da Bruxa é um ritual profundo que integra o poder da simbolização e da transformação. Em Samhain, é uma forma de honrar a vida e a morte, de liberar o que nos prende e de criar novos caminhos para o futuro. Ao fazer esse ritual, você se conecta com as energias da Terra e dos ancestrais, trazendo cura, proteção e renovação para sua jornada espiritual.

A Roda do Ano: Sabás, Luz e Transformação Espiritual


 A Roda do Ano é um conceito profundo e simbólico que guia nossas jornadas espirituais e práticas ancestrais. Composta por oito sabás, ela reflete o ciclo eterno da Terra, marcado pela alternância de luz e escuridão, e nos ensina a honrar os fluxos naturais de energia, renascimento e transformação. Cada sabá nos oferece uma oportunidade para refletir, crescer e celebrar nossa conexão com a natureza, o cosmos e a espiritualidade.

Os Sabás e Seus Significados: A Jornada da Roda do Ano

Cada sabá representa um marco energético dentro da Roda do Ano, onde podemos encontrar lições específicas de cura, renovação, equilíbrio e abundância. Vejamos como cada sabá contribui para o nosso caminho espiritual:

  1. Samhain (31 de outubro - 1º de novembro)
    Samhain é o início da Roda do Ano e, simbolicamente, o momento da "morte" e do "renascimento". É uma época de introspecção, onde a escuridão da noite nos convida a olhar para dentro, honrar nossos ancestrais e liberar o que não nos serve mais. Este sabá marca o ponto em que o véu entre os mundos está mais fino, trazendo profundidade espiritual e conexão com o além.

  2. Yule (21 a 23 de dezembro)
    Yule é o sabá da luz renascente. No ponto mais baixo da Roda, celebramos o retorno da luz com o solstício de inverno. Mesmo em meio à escuridão, sabemos que a luz sempre retornará. Este sabá é um convite para renovar nossas intenções, fortalecer nossa espiritualidade e celebrar os ciclos da vida.

  3. Imbolc (1º de fevereiro)
    Imbolc marca o início da primavera, com a promessa de crescimento e novos começos. Este sabá está associado à purificação e à preparação, quando as sementes da intenção começam a germinar em nossa alma. É o momento ideal para estabelecer metas espirituais e físicas para o ano que se inicia.

  4. Ostara (20 a 23 de março)
    Ostara celebra o equilíbrio entre a luz e a escuridão. É o sabá da fertilidade, da renovação e do equilíbrio. A natureza desperta para a vida, e, com ela, nós também. Este é um momento de expansão, criatividade e celebração da abundância que está por vir.

  5. Beltane (30 de abril - 1º de maio)
    Beltane é o sabá da paixão e da união. Neste momento, a energia de crescimento se intensifica, e a fertilidade se torna uma metáfora para a criação e a expressão. Celebramos o fogo criativo, a sensualidade e o desejo de viver plenamente. É uma época para se conectar com as energias do amor e da harmonia.

  6. Litha (21 a 23 de junho)
    Litha é o ápice da Roda do Ano, quando o sol brilha em seu máximo esplendor. Este é o momento de celebração, gratidão e colheita dos frutos da vida. A energia da luz é intensa, e nossa conexão com ela nos fortalece. Litha é um sabá de poder, vitalidade e celebração da nossa própria abundância.

  7. Lammas (1º de agosto)
    Lammas é o sabá da colheita. Já começamos a colher os frutos do trabalho realizado nos meses anteriores. A energia deste sabá nos lembra de equilibrar o esforço e a recompensa, refletindo sobre o que foi semeado e o que ainda precisa amadurecer. É o momento de celebrar as vitórias e aprender com os desafios.

  8. Mabon (20 a 23 de setembro)
    Mabon é o sabá do equilíbrio final, quando o dia e a noite têm a mesma duração. Este é o momento de refletir sobre o que foi conquistado e o que está em processo de transformação. A energia de Mabon nos convida à gratidão, introspecção e ao alinhamento entre o interno e o externo.

A Luz na Roda do Ano: O Ciclo de Transformação

Cada sabá na Roda do Ano carrega sua própria energia de luz e sombra, e é a alternância entre esses dois aspectos que traz o equilíbrio necessário para o nosso crescimento espiritual. A luz que surge no inverno de Yule cresce até seu auge em Litha, e a partir de então, começa sua lenta retirada, nos preparando para o recolhimento da próxima temporada de introspecção.

A luz não é apenas um fenômeno natural, mas também uma metáfora para a iluminação interna. Em cada sabá, somos convidados a encontrar nossa própria luz, seja no crescimento e expansão, seja no descanso e reflexão.

Conclusão: A Sabedoria da Roda do Ano

A Roda do Ano nos ensina a honrar os ciclos da vida e a estar em harmonia com as forças naturais que moldam nossa existência. Ela nos convida a ver a beleza nas mudanças, a crescer com os desafios e a celebrar os momentos de luz. Ao vivermos conforme a Roda, encontramos nosso lugar no universo, em constante transformação e aprendizado.

quarta-feira, 30 de abril de 2025

O Ano Novo das Bruxas: Samhain e o Portal do Recomeço

No silêncio das noites que se alongam e na dança lenta das folhas caídas, algo sussurra no coração das bruxas e dos buscadores: o ciclo chegou ao fim — e também ao seu renascimento. Assim é o Samhain (pronuncia-se “sôuin”), o Ano Novo das Bruxas, celebrado entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro no hemisfério norte, e entre 30 de abril e 1º de maio no hemisfério sul.

Mais do que uma data, Samhain é um portal mágico, um ponto de transição na Roda do Ano, onde a Terra mergulha em um tempo de escuta, introspecção e profunda conexão com o invisível.


🌒 Origem Ancestral

Samhain tem suas raízes nos povos celtas, que viam o ano dividido em duas grandes metades: a metade clara (primavera e verão) e a metade escura (outono e inverno). Samhain marcava o fim da colheita e o início da estação escura — um tempo onde os campos descansam, e os véus entre os mundos se tornam mais finos.

Para eles, esse não era apenas o "fim do ano", mas também o momento ideal para honrar os mortos, agradecer os aprendizados do ciclo e ouvir as mensagens do mundo espiritual.


🌬️ Um Tempo de Magia e Mistério

Durante o Samhain, acreditava-se que os espíritos dos ancestrais caminhavam livremente entre os vivos. Era comum acender velas nas janelas para guiá-los ou colocar alimentos nas portas como oferendas.

É dessa tradição que nasceu o famoso Halloween, que foi transformado ao longo dos séculos, mas que mantém ecos dessa sabedoria ancestral.


🌿 Rituais e Símbolos de Samhain

Fogueiras e velas: Para afastar as trevas e celebrar a luz interior.
Altares ancestrais: Com fotos, objetos ou nomes de entes queridos e mestres espirituais.
Banhos de ervas e defumações: Para limpeza energética e proteção.
Cartas, oráculos e sonhos lúcidos: O portal está aberto e a intuição se amplifica.
Escrita de intenções e cartas de liberação: O que você quer deixar para trás? O que deseja plantar no novo ciclo?


🍎 Alimentos Sagrados

Nesta época, frutas de outono como maçã, romã, abóbora e grãos secos são alimentos sagrados. A maçã, por exemplo, quando cortada ao meio revela uma estrela de cinco pontas — o pentagrama — símbolo da conexão entre os elementos e o espírito.


🌌 Samhain e a Bruxa Interior

Celebrar o Ano Novo das Bruxas é também reconhecer a força da sombra como parte da luz. É acolher o silêncio, a pausa e a morte simbólica como parte essencial do renascimento.

A bruxa — que mora dentro de cada ser sensível à natureza — sabe que tudo tem seu tempo. E que Samhain é o momento de recolher-se ao caldeirão do espírito, transmutar, sonhar e tecer visões para o novo ciclo.


🌠 Curiosidades Místicas

🔮 A palavra Samhain significa “fim do verão” em gaélico.
🕯️ É o festival oposto a Beltane, que celebra a fertilidade e a paixão da primavera.
🌘 No calendário da Roda do Ano, Samhain é o primeiro dos oito sabás, marcando o início da jornada espiritual anual.
🌿 Muitas tradições de bruxaria veem este momento como o verdadeiro ano novo espiritual.
🌑 Alguns dizem que é o momento em que as bruxas mais poderosas renascem em si mesmas.


✨ Celebre Você Também

Mesmo sem seguir tradições específicas, você pode celebrar o Samhain com um simples ritual de gratidão, escrevendo em um papel o que deseja deixar para trás, queimando-o com intenção e acendendo uma vela para o novo.

Recolha-se à natureza, ouça sua alma, reverencie seus ancestrais — e seja o canal da luz que renasce da sombra.


Que Samhain traga cura, silêncio fértil e renascimento.
Que a bruxa em você floresça com sabedoria e coragem.
E que o novo ciclo te encontre inteira, verdadeira e mágica.

🔮🌙🌑 Ritual Guiado de Samhain – O Ano Novo das Bruxas

🌘 Samhain é o tempo da escuta profunda.
Neste momento sagrado da Roda do Ano, celebramos o fim de um ciclo e a abertura de um novo. É hora de se recolher, honrar os ancestrais, libertar o que ficou pesado e plantar intenções para o escuro fértil que acolhe a semente.

A seguir, compartilho um ritual guiado para você fazer sozinha ou em círculo, preferencialmente à noite, entre 30 de abril e 1º de maio (se estiver no hemisfério sul), ou entre 31 de outubro e 1º de novembro (no hemisfério norte).

Prepare seu espaço com amor e escute com a alma.


🎀 Ritual de Consagração das Fitas

Por Alexia Selene Smith | Saberes de Deusa

🌬️✨ As fitas sagradas são fios de intenção. Quando consagradas, tornam-se condutoras de bênçãos, de palavras que dançam com o vento, de votos que a alma deseja lembrar e realizar.

Elas podem ser amarradas em árvores, usadas em rituais de roda, nos cabelos, no altar, ou como oráculos. Cada cor tem um significado, e cada palavra invocada se torna um fio de magia.


🎨 Significado das Cores (exemplos):

  • Vermelha: coragem, paixão, força vital

  • Azul: calma, verdade, espiritualidade

  • Verde: cura, abundância, conexão com a natureza

  • Amarela: alegria, criatividade, expansão

  • Branca: paz, proteção, pureza

  • Roxa: intuição, transmutação, sabedoria ancestral

  • Preta: proteção, mistério, transformação


✨ Materiais:

  • 1 fita de cetim ou algodão (de preferência natural)

  • Um recipiente com água com ervas (lavanda, alecrim, manjericão)

  • Incenso ou erva para defumar

  • Uma vela acesa

  • Um cristal ou objeto de poder

  • Sua voz e presença 🌬️🕊️


🌕 Ritual de Consagração:

  1. Prepare o espaço com silêncio, música suave ou cantos. Abra seu campo com respirações profundas.

  2. Passe a fita pela fumaça do incenso, dizendo:

“Que esta fita seja purificada pelo sopro dos ventos antigos.
Que tudo o que não serve ao meu caminho, seja agora levado.”

  1. Mergulhe a fita na água com ervas, se desejar, ou apenas borrife:

“Que esta fita seja abençoada pela água das emoções claras.
Que minha intenção seja limpa, fluida e verdadeira.”

  1. Aproxime da vela, com cuidado:

“Que esta fita receba a chama da vontade,
A centelha do meu coração ardente.
Que ela brilhe com a minha intenção mais pura.”

  1. Toque a fita na Terra (pode ser um vaso com terra ou o chão):

“Pelas raízes da Grande Mãe,
Eu ancoro esta fita com verdade,
Para que cresça firme como uma árvore de vida.”


 Selando a Intenção

Agora, segure a fita com as duas mãos e diga (ou escreva nela) uma palavra, frase ou desejo.

Pode ser algo como:

🌿 “Sou guiada pela intuição.”
🔥 “Minha arte cura e transforma.”
🌙 “Confio no ritmo do meu caminho.”

Sinta essa frase como um encantamento que ativa o fio entre você e o sagrado.


🌬️ Entrega ou Uso

Você pode:

  • Amarrar a fita numa árvore como oferenda de gratidão ou pedido

  • Usá-la como amuleto no pulso, altar ou no cabelo

  • Guardá-la até o próximo ciclo (e depois queimá-la ou devolver à terra)


💫 Palavra final:

“Que os ventos levem minha palavra aos quatro cantos.
Que a Terra receba meu voto com carinho.
Que esta fita se torne caminho vivo,
Sagrado, mágico e verdadeiro.”

Com amor e encantamento,
Alexia Selene Smith
[Saberes de Deusa]

sexta-feira, 11 de abril de 2025

🌕 Lua Cheia em Chitra – A Manifestação do Belo e do Sagrado 🌕


A Lua em Chitra é uma posição lunar na astrologia védica que pode despertar a criatividade, o desejo de construir algo duradouro e a busca por beleza. 

O que a Lua em Chitra pode significar? Despertar a criatividade, Desejo de construir algo duradouro, Busca por beleza

Neste 12 de abril de 2025, somos banhados pela luz da Lua Cheia na estrela Chitra, segundo a astrologia védica. Esta estrela sagrada, regida por Vishvakarma, o arquiteto cósmico, nos inspira a manifestar beleza, propósito e harmonia no mundo visível.

Chitra é onde o invisível ganha forma — onde o plano espiritual encontra a matéria. Essa Lua nos convida a cocriar com o universo, com consciência, arte e devoção. Tudo o que é feito com alma se torna um templo. Tudo o que é oferecido com amor se torna sagrado.

🌟 A prática da caridade neste momento é uma oferenda preciosa.
Assim como Hanuman serve com humildade e entrega, somos convidados a servir o outro como extensão do divino. Doar alimento, cuidado, atenção ou simplesmente um gesto gentil, é alinhar-se com a frequência mais elevada dessa Lua: a do amor ativo e compassivo.

A caridade purifica o coração e fortalece a intenção da manifestação.


Ritual Sugerido: Altar para Hanuman, Mantra e Ato de Caridade

  1. Monte um altar simples com flores vermelhas, vela branca ou dourada, frutas frescas e uma imagem ou símbolo de Hanuman.

  2. Acenda a vela com gratidão. Ofereça as flores e as frutas como símbolos de pureza e intenção. Respire fundo e conecte-se com a energia da estrela Chitra.

  3. Reze com o coração: "Que meus pensamentos se tornem puros como a luz. Que minhas mãos sejam instrumentos do bem. Que minha vida seja um serviço sagrado."

  4. Entoe o mantra por 11, 27 ou 108 vezes:

    "Om Shri Hanumate Namah"
    (Invocando força, humildade e ação devocional)

  5. Após o ritual, realize um ato de caridade, por menor que pareça:

    • Doe alimentos a quem precisa.

    • Ofereça ajuda a alguém em silêncio.

    • Compartilhe uma palavra de cura ou um abraço com intenção verdadeira.
      Tudo isso acende luz no seu caminho.


Mensagem da Lua: "Construa com amor. Sirva com alegria. Doe com fé. A beleza do universo floresce onde a compaixão toca a terra."

Tecnologia Antiga: O Saber Perdido dos Povos Ancestrais

  Você já se perguntou se somos, de fato, a civilização mais avançada que já pisou nesta Terra? Ou será que, antes de nós, outros povos cami...